Brasília Agora


DESTAQUE

Laboratório do Sono do Hran aumenta capacidade de atendimento

15 de junho, 2023

Readequações na estrutura do setor que identifica distúrbios amplia diagnósticos e tratamentos, elevando bem-estar e qualidade de vida de pacientes A polissonografia é totalmente indolor […]

Laboratório do Sono do Hran aumenta capacidade de atendimento
Fotos: Renato Araújo / Agência Brasília.

Readequações na estrutura do setor que identifica distúrbios amplia diagnósticos e tratamentos, elevando bem-estar e qualidade de vida de pacientes

A polissonografia é totalmente indolor e consiste na aplicação de um conjunto de eletrodos e sensores no corpo do paciente para monitorá-lo enquanto dorme. Foto: Tony Winston – Agência Saúde-DF

A ampliação do Laboratório do Sono do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), responsável pelo diagnóstico e tratamento de distúrbios do sono, aumentará a capacidade de atendimento à população. Agora, o local tem cinco quartos reformados e com cortinas e isolamento acústico, permitindo que a capacidade anual chegue a mais de 900 exames.

Essencial para a saúde e o bem-estar, uma boa noite de descanso impacta na qualidade de vida das pessoas. Por isso, é importante identificar distúrbios do sono. “A equipe da clínica é composta por três técnicos de polissonografia, dois fisioterapeutas e três médicos especializados em distúrbios do sono. Estamos prontos para fornecer diagnósticos precisos e tratamentos adequados”, destaca a pneumologista e responsável técnica do Laboratório do Sono, Flávia Fernandez.

O setor foi readequado e agora tem quartos recém-pintados, cortinas blackout e isolamento acústico | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde

A polissonografia é o principal exame realizado. Esse procedimento consiste na aplicação de um conjunto de eletrodos e sensores no corpo do paciente para monitorá-lo enquanto dorme. Os dispositivos registram várias respostas do organismo, como a atividade cerebral, os movimentos oculares e a atividade elétrica de nervos e músculos.

Além disso, o exame avalia o fluxo de ar, o esforço respiratório, os movimentos corporais e até mesmo os níveis de gases sanguíneos. A polissonografia é indolor e fornece informações valiosas para o diagnóstico da qualidade do sono.

Um dos distúrbios mais comuns é a apneia do sono, que pode ser causada por vários fatores, como obesidade, restrição do calibre da via aérea e colapsabilidade aumentada da mesma. A especialista explica que os distúrbios vão além de problemas comportamentais e podem representar riscos para a saúde cardiovascular, ganho de peso e déficit de concentração.

Para diagnosticar distúrbios do sono, a polissonografia registra várias respostas do organismo, como a atividade cerebral, os movimentos oculares e a atividade elétrica de nervos e músculos. Foto: Sandro Araújo-Agência Saúde-DF

Um exemplo real da importância do diagnóstico e tratamento adequados é o caso de Sandrely de Lima Silva, uma jovem de 20 anos que tem uma doença rara chamada paraparesia espástica hereditária. A mãe dela, Francisca dos Santos, levou-a ao Laboratório do Sono do Hran para obter um laudo médico indicando suas dificuldades respiratórias durante o sono. “Com esse laudo, Sandrely poderá adquirir um aparelho que a auxiliará a respirar melhor durante o sono”, explica Francisca, que elogiou a equipe da clínica e a qualidade dos quartos.

Riscos

As doenças do sono têm efeitos negativos significativos na saúde, podendo resultar em complicações cardiovasculares, como um aumento do risco de hipertensão arterial e de doenças cardíacas, a exemplo de arritmias, infarto do miocárdio e acidente vascular encefálico. A pneumologista responsável pelo Laboratório do Sono ressalta que o aumento do estresse, a crescente demanda por assumir mais responsabilidades e o uso crescente de mídias digitais contribuem para a deterioração da qualidade do sono em todo o mundo.

A responsável técnica do Laboratório do Sono, Flávia Fernandez, comemora a ampliação do setor: “Vamos conseguir atender mais pacientes e com muito mais qualidade”

Noites de sono reparador são essenciais para a melhoria da saúde mental, proporcionando maior equilíbrio e redução do estresse. Dormir adequadamente também melhora o humor, a concentração e a capacidade de lidar com os desafios diários. “Há ainda o fortalecimento do sistema imunológico, que ajuda a prevenir doenças e infecções”, acrescenta Flávia Fernandez.

Confira algumas mudanças de hábito necessárias para dormir melhor:

→ Acordar sempre no mesmo horário;
→ Não dormir mais do que o necessário;
→ Fazer exercícios diariamente, com duração de ao menos 20 minutos;
→ Não se expor a telas pelo menos 30 minutos antes de dormir;
→ Evitar à noite estimulantes como café, chocolate e refrigerantes;
→ Não fumar;
→ Evitar o consumo de bebidas alcoólicas. Embora o álcool seja sonífero, deve-se tomar cuidado com a quantidade e o horário em que é ingerido, pois ele pode antecipar ou retardar o sono;
→ Evitar dormir à tarde, principalmente se a pessoa tem problemas para dormir durante a noite;
→ Não comer em excesso antes de dormir nem dormir com fome;
→ Evitar pensar nos problemas e nas responsabilidades na hora de dormir;
→ Relaxar. Tomar uma ducha, ler um livro ou ouvir uma boa música pode ajudar muito a conciliar o sono. Procure fazer dessas tarefas um ritual a ser repetido todas as noites;
→ Ter um ambiente silencioso e escuro para dormir;
→ Adequar colchão e travesseiro;
→ Meditar.