Brasília Agora
Brasília Agora


DESTAQUE

Mourão fala dos esforços no país na preservação da Amazônia

11 de agosto, 2020

“A reativação do Conselho da Amazônia Legal, em fevereiro de 2020, renovou o compromisso do Brasil com os parâmetros globais de sustentabilidade”, afirmou OGoverno Federal […]

Mourão fala dos esforços no país na preservação da Amazônia
Tomaz Silva/Agência Brasil

“A reativação do Conselho da Amazônia Legal, em fevereiro de 2020, renovou o compromisso do Brasil com os parâmetros globais de sustentabilidade”, afirmou

OGoverno Federal trabalha no planejamento e em ações de preservação sustentável da floresta Amazônica. A afirmação foi feita pelo vice-presidente e presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal, Hamilton Mourão, ao participar, por meio de videoconferência, do II Encontro Ibero-Americano da Agenda 2030 no Poder Judiciário nesta segunda-feira (10/08).

“Ao longo do último semestre mobilizamos um conjunto do Governo Federal e coordenamos com outros poderes, além de estados e municípios e atores não governamentais executamos medidas urgentes para conter o desmatamento e as queimadas e estamos concluindo um planejamento para médio e longo prazo para a Amazônia Legal brasileira”

Mourão fala dos esforços no país na preservação da Amazônia em encontro ibero-americano

Uma das medidas tomadas pelo governo para conter as queimadas e o desmatamento foi a proibição do uso do fogo durante o verão amazônico, que se estende até o final de outubro. – Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O vice-presidente afirmou que desde que assumiu o Conselho Nacional da Amazônia, no início do ano, foram determinadas ações para conter o desmatamento e as queimadas no bioma. E anunciou que o órgão está empenhado em propiciar um ambiente para a construção de um pacto nacional para o futuro sustentável da Amazônia.

“A reativação do Conselho da Amazônia Legal, em fevereiro de 2020, renovou o compromisso do Brasil com os parâmetros globais de sustentabilidade. A preocupação com a sustentabilidade perpassa hoje a agenda das mais diversas instituições como governo, organizações internacionais, empresas, investidores, consumidores, produtores rurais e a opinião pública de uma maneira geral”, explicou Mourão.

“Ao lançar uma nova política de Estado para a Amazônia, o governo do presidente Bolsonaro reconhece a necessidade de ampliar nossos esforços para proteger e preservar a floresta no marco de uma estratégia de desenvolvimento sustentável para região”, afirmou.

Uma das medidas tomadas pelo governo para conter as queimadas e o desmatamento foi a proibição do uso do fogo durante o verão amazônico, que se estende até o final de outubro.

“O governo decretou, no mês passado, a moratória do uso do fogo na Amazônia por 120 dias. A queimada é uma prática comum de preparação da terra agriculturável na região, mas ficará suspensa neste período, inclusive em áreas de desmatamento legal”, disse Hamilton Mourão.

Mourão destacou ainda a importância de fortalecer a política para a Amazônia com a vistas a reerguer e modernizar a economia no Brasil. “Como se não bastasse o prejuízo ao patrimônio nacional brasileiro, os crimes ambientais deixam nosso país vulnerável a campanhas difamatórias, abrindo caminho para que interesses protecionistas levantem barreiras comerciais injustificáveis contra as exportações do agronegócio”.

“O sucesso de nossos exportadores está vinculado à confiança dos mercados internacionais em relação aos elevados padrões socioambientais da produção agropecuária nacional”, afirmou o vice-presidente ao destacar que o Brasil é uma potência agroambiental, que produz alimentos de maneira sustentável e eficiente para alimentar mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo

E, Mourão acrescentou que não basta reprimir o desmatamento ilegal, mas é preciso avançar em políticas como a regularização fundiária, por exemplo. “Conter o desmatamento não será suficiente. Precisamos regulamentar, monitorar e fiscalizar de maneira mais racional e efetiva a ocupação e o uso do território amazônico”.

Nesta terça-feira (11), o vice-presidente deverá participar de uma reunião, junto com outros chefes de Estado dos países amazônicos para discutir os avanços nas políticas ambientais e a cooperação para o desenvolvimento sustentável na região.

Enfrentamento ao coronavírus

Durante o encontro, Hamilton Mourão também reafirmou o compromisso do Brasil com o diálogo e a cooperação entre os países ibero-americanos; e disse que o Governo Federal prioriza o enfrentamento da pandemia de Covid-19, salvando vidas, mantendo o sistema de saúde em operação e oferecendo apoio financeiro às pessoas em situação de vulnerabilidade social.

“Trabalhamos para que o país supere a atual crise sanitária e retome a trajetória de recuperação econômica, apresentando também resultados efetivos em matéria de preservação e desenvolvimento sustentável da Amazônia”.

Segundo Mourão, a atual crise impôs novos desafios. “As crises não costumam esperar. O advento da pandemia de Covid-19 impôs severos desafios para a recuperação econômica e para a nova política para a Amazônia”, acrescentou.

“Trabalhamos com clareza, com determinação e paciência, para alcançar os resultados necessários. As crises do presente não serão obstáculos para a construção de um futuro inclusivo e sustentável para a sociedade brasileira”, ressaltou.

II Encontro Ibero-Americano da Agenda 2030

O Encontro Ibero-Americano da Agenda 2030 no Poder Judiciário teve como objetivo incentivar parcerias entre os poderes Judiciários de todos os países Ibero-Americanos e discutir a implementação dos objetivos do desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, assumidos por líderes de 193 países, incluindo o Brasil.

São, ao todo, 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e 169 metas a serem atingidas até 2030 relacionadas aos direitos humanos. Participaram do evento representantes da cúpula Ibero-Americana, dos Poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, Ministério Público e Tribunal de Contas da União e conselheiros do Conselho Nacional de Justiça.

Operação Verde Brasil 2

A Operação Verde Brasil 2 foi deflagrada, em 11 de maio deste ano, para combater as ilegalidades na Amazônia, como o desmatamento e as queimadas. “A operação oferece suporte logístico e de segurança para que as agências de fiscalização ambiental aumentem sua capacidade de atuação na Amazônia. A operação é uma medida urgente, mas não é um esforço isolado. Temos um planejamento pronto para manter a garantia da Lei e da Ordem, se necessário, até o final do atual mandato presidencial, em 31 de dezembro de 2022 explicou o vice-presidente.

De acordo com o Ministério da Defesa, desde o início da operação, militares e agentes de órgãos parceiros realizaram 19,5 mil inspeções navais e terrestres, vistorias e revistas em embarcações, das quais 426 foram apreendidas. Um volume superior a 28 mil metros cúbicos de madeira ilegal foi confiscado, e apreendidas 553 máquinas e acessórios. E já foram aplicados mais de R$ 407,2 milhões em multas e termos de infração.

A Operação Verde Brasil 2 é coordenada pelo Ministério da Defesa. Também participam da missão integrantes da Polícia Federal, Policia Rodoviária Federal, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), Força Nacional de Segurança Pública, Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) e Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam).