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Novo serviço para recuperação de bebês prematuros

28 de setembro, 2021

Mesmo depois de receberem alta do hospital, recém-nascidos continuam a ter assistência até completarem 2 anos de vida Mães de bebês nascidos no Hospital Regional […]

Novo serviço para recuperação de bebês prematuros
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Mesmo depois de receberem alta do hospital, recém-nascidos continuam a ter assistência até completarem 2 anos de vida

Mães de bebês nascidos no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) estão aprovando um novo serviço prestado pelo Ambulatório de Fisioterapia daquele centro hospitalar: o atendimento especial estendido para prematuros, batizado de Follow-Up, criado para prevenir problemas e ajudar no desenvolvimento motor e mental das crianças até elas completarem dois anos de idade.

“Com o atendimento estendido, esses bebês passam a ter atenção especial, recebendo cuidados que ajudam no desenvolvimento e a reduzir riscos clínicos e problemas futuros”Igor Rafael Soares Cavalcante, chefe da Ucin

Em funcionamento desde julho deste ano, o serviço vem atendendo 123 bebês que tiveram alta da Unidade de Cuidados Intermediários (Ucin) do Hospital de Santa Maria, segundo informou nesta segunda-feira (27) Igor Rafael Soares Cavalcante, chefe do ambulatório.

O serviço Follow-Up (“acompanhamento” em português) presta assistência a bebês prematuros ou que apresentam sequelas gestacionais neuropsicomotoras, como baixo peso ao nascer ou má formação. “Com o atendimento estendido, esses bebês passam a ter atenção especial, recebendo cuidados que ajudam no desenvolvimento e a reduzir riscos clínicos e problemas futuros”, explica Cavalcante.

Maria Eduarda nasceu prematura e com anemia; ficou 29 dias internada no hospital e atualmente faz fisioterapia para evitar problemas no desenvolvimento dos movimentos | Foto: Acervo pessoal

O atendimento é feito todas as quintas-feiras, das 8h às 18h, e, conforme o caso, tem duração de pelo menos 30 minutos. O serviço é prestado de forma coletiva por uma equipe especializada, composta por profissionais de quatro especialidades: pediatria, fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional. “A consulta coletiva garante um tratamento completo para os bebês”, ressalta a fisioterapeuta Ana Regina Menezes.

123bebês que tiveram alta da Ucin são atendidos atualmente no serviço

O trabalho envolve técnicas fisioterápicas, cuidados especiais, brincadeiras e muito carinho. “A gente incentiva os bebês a rolar e a engatinhar, além de utilizar instrumentos terapêuticos que ajudam na sustentação do corpo e na postura correta das crianças”, detalha a fisioterapeuta.

Nessas atividades, a equipe usa brinquedos sonoros, luminosos e bastante coloridos para estimular a criança a tocar os objetos. Isso ajuda a desenvolver ainda mais os sentidos como visão, audição e tato, segundo Ana Regina. “Também orientamos os pais e mães a praticarem essas atividades em casa para dar continuidade ao tratamento ao bebê”, acrescenta Débora Carcute, terapeuta ocupacional que trabalha no desenvolvimento motor dos bebês.

Thaciane Alves (E), mãe da bebê Maria Eduarda, vê progresso no tratamento da filha: “A cada sessão ela evolui um pouco mais”

O caso da pequena Eduarda

Entre os 123 bebês assistidos está Maria Eduarda Cardoso de Arruda. Ela nasceu em 16 de julho no HRSM, com 31 semanas de gestação, quando o normal seria 41. Além de prematura, ela tinha anemia. Para se recuperar, Eduarda ficou 29 dias internada no hospital, sendo 23 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal e mais seis na Ucin.

A bebê recebeu alta no dia 14 de agosto, quando também começou a fazer fisioterapia para evitar problemas no desenvolvimento dos movimentos. Thaciane Alves, 31 anos, mãe da bebê, vê progresso no tratamento da filha. “A cada sessão ela evolui um pouco mais, melhorando os sentidos e os movimentos”, conta, revelando que desde o nascimento a bebê já engordou 2 kg, pesando atualmente 3,6 kg.

Satisfeita com o atendimento recebido no HRSM, a mãe de primeira viagem conta que, se não fosse a rapidez da equipe médica no dia do parto, a possibilidade era de que nem ela nem a filha sobrevivessem. “Cheguei com muita dor nas costas e os médicos descobriram rapidamente que minha pressão estava alta, realizando um parto de emergência”, conta. “Só tenho a agradecer por ter sido tão bem atendida no hospital”.

*Com informações do Iges-DF