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Ponto Final

24 de março, 2021

A parcialidade de Moro A virulência do ministro Gilmar Mendes e a decisão da Segunda Turma do STF, que considerou o ex-juiz Sergio Moro como […]

Ponto Final

A parcialidade de Moro

A virulência do ministro Gilmar Mendes e a decisão da Segunda Turma do STF, que considerou o ex-juiz Sergio Moro como parcial no caso nas investigações da Lava Jato em relação ao ex-presidente Lula, pode não render uma punição. Alguns especialistas acreditam que as consequências para o ex-juiz serão apenas quando à imagem. Como não é mais magistrado, Moro dificilmente será alcançado por alguma punição. Há quem diga que o ex-juiz pode até responder a um processo criminal por prevaricação. Outros dizem que o ex-juiz poderia ser enquadrado na lei de abuso de autoridade. Só que o tema é meio complexo. Por hora, a parcialidade de Moro em relação a Lula só afeta seus sonhos eleitorais para 2022. Aguardemos os próximos capítulos.

 

Contraditório

O ministro Nunes Marques provocou a ira do seu colega Gilmar Mendes ao dizer que as alegações de suspeição contra o ex-juiz Sergio Morro já haviam sido objeto de análise pelo TRF-4. Arrematou dizendo que as conversas divulgadas entre Moro e os procuradores da Lava Jato foram obtidas de forma ilícita e não poderiam ser aceitas no processo. Na visão de Nunes Marques, usar o material seria uma forma transversa de legalizar a atividade de hackers no Brasil.

 

Sonho distante

Antes mesmo da decisão da Segunda Turma do STF contra o ex-juiz Sergio Moro, o seu sonho eleitoral já começava a desmoronar. Apesar de 2022 ainda estar distante e muita coisa pode acontecer até lá, pesquisas mostram uma alta rejeição ao nome de Moro. Tal sinalização pode aumentar muito de agora em diante. A participação de um ex-juiz parcial em alguma chapa presidencial pode ser um peso difícil de carregar.

 

Panelaços

Alguns políticos estão fazendo a seguinte leitura sobre os panelaços pelo Brasil durante pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro: a paciência da população está chegando ao final. Com tantas mortes e a imobilidade do governo em relação a pandemia é difícil segurar apoiadores e a população em geral.

 

Ensino doméstico 

A presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Bia Kicis (PSL-DF), já trabalha para tentar atender o seu “chefe” Jair Bolsonaro. O alvo é o ensino doméstico. Ela até tentou uma manobra para mudar o Código Pena, mas não deu certo.

 

Ernesto na mira

O isolado chanceler Ernesto Araújo está na linha de tiro do Centrão. A atual situação é peculiar: o chanceler não consegue falar com a diplomacia chinesa, americana e indiana. A continuar assim, o melhor caminho é se achar um chanceler que converse com o chamado “mundo globalizado”.

 

Ceilândia

No próximo sábado (27) a charmosa cidade de Ceilândia faz 50 anos. Em função da pandemia não haverá festa para comemorar a data. Mas o administrador Marcelo Piauí anuncia um mutirão de obras para marcar a data.

 

Donny candidato

O jornalista investigativo Donny Silva resolveu entrar para a vida política. Ele acaba de se filiar ao PROS-DF e teve sua ficha abonada pelo presidente regional do partido, o empresário Virgílio Neto. Donny vai disputar uma vaga de deputado distrital nas eleições de 2022.

 

Iluminação

O deputado distrital Robério Negreiros (PSD-DF) comemora a conclusão da obra de renovação da iluminação pública da Vila DVO, localizada na Região Administrativa do Gama. A obra contou com destinação de recursos de R$ 218.938,00 feita pelo deputado para a Secretaria de Obras e Infraestrutura do DF.

 

Apoio ao prefeito

Os vereadores de Goiânia estão dispostos a manter apoio ao prefeito Rogério Cruz em relação a reforma do secretariado. A condição é ter um tratamento de “aliados” e não de “inimigos”. A impressão que se passa é que o prefeito confia mais no seu grupo formado pelo Republicanos, Igreja Universal e TV Record do que na bancada de apoio na Câmara Municipal de Goiânia.

 

Carlos Honorato
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