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Na mira do movimento que vinha pleiteando sua demissão, Paulo Teixeira e o presidente vão assinar decretos que irão disponibilizar 13 mil hectares
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, preparam um gesto significativo ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) nesta sexta-feira. Durante a visita ao assentamento Quilombo Grande, em Campo do Meio (MG), Lula e Teixeira devem anunciar decretos de desapropriação de terras que disponibilizarão cerca de 13 mil hectares ao movimento.
O aceno ao MST, ainda não oficializado, foi confirmado ao GLOBO por interlocutores do Palácio do Planalto e do próprio movimento, que aguardam os anúncios com expectativa.
A iniciativa busca apaziguar tensões com o MST, que vem defendendo a demissão de Paulo Teixeira. Internamente, o movimento avalia que a atuação do ministro nos últimos dois anos foi insuficiente. Apesar de reconhecerem sua experiência parlamentar e seu bom relacionamento, integrantes do MST criticam uma suposta falta de conhecimento técnico do campo e cobram maior agilidade na realização de novos assentamentos.
Os anúncios desta sexta-feira são especialmente aguardados diante da promessa do MST de intensificar as mobilizações caso suas demandas não sejam atendidas. Como revelou o GLOBO, o movimento já realizou duas reuniões com o governo federal e ameaça promover um “Abril Vermelho” com mais invasões de terras, caso as insatisfações se prolonguem.
O “Abril Vermelho” ocorre anualmente em memória ao massacre de Eldorado dos Carajás, em 1996, quando 19 sem-terras foram mortos. Durante este período, o MST costuma ocupar áreas que considera improdutivas para reivindicar sua transformação em assentamentos. No ano passado, essas ações aumentaram 150% em relação a 2023, passando de 14 para 35 ocupações.
A insatisfação do MST com o governo Lula não é recente. Em dezembro, o movimento articulou ocupações em três estados — Rio Grande do Sul, Pará e Mato Grosso do Sul — em protesto contra a lentidão nas políticas de reforma agrária.
Por sua vez, o Palácio do Planalto tem pedido “calma” aos militantes, alegando restrições orçamentárias. O governo argumenta que o programa de reforma agrária estava paralisado desde a gestão Michel Temer, o que exigiria compreensão por parte do movimento diante das dificuldades atuais.
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