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Após negociações entre equipe da SRI e líderes emperrarem, ministra telefonou para os dois presidentes
A nova ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, foi obrigada a atuar diretamente na tarde desta quinta-feira junto aos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para evitar uma redução do poder do governo no cancelamento de despesas discricionárias no Orçamento deste ano.
Havia uma articulação ao longo do dia no Congresso para que o índice desse tipo de despesa que o governo pode cancelar por conta própria fosse reduzido de 30% para 10%. Nesse grupo de despesas estão as emendas parlamentares. Quando há necessidade de um corte maior do que 30%, o governo precisa enviar um projeto de lei ao Legislativo.
Inicialmente, a equipe da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) atuou diretamente com os líderes no Legislativo para aumentar o percentual que pode ser cancelado. Depois de negociações, conseguiram convencer os parlamentares a passar o índice de 10% para 20%. Mas, a partir desse momento, as conversas emperraram.
Os articuladores da SRI, então, deixaram o Congresso, atravessaram a rua e voltaram para o Palácio do Planalto para relatar o quadro a Gleisi. A alteração da regra de cancelamento de despesas indicaria uma largada ruim para a nova ministra com uma derrota em sua segunda semana no posto de chefe da articulação política do governo. Diante do cenário, Gleisi telefonou diretamente para Motta, Alcolumbre e para o relator do Orçamento, senador Angelo Coronel (PSD-BA). Nas ligações, fez um apelo para que não houvesse mudança.
Há no Parlamento muitas queixas de acordos firmados pelo antecessor de Gleisi, Alexandre Padilha, que não foram cumpridos. No domingo, em uma reunião com os presidentes das duas Casas na residência oficial do Senado, a nova ministra já havia se comprometido com o pagamento de R$ 6,8 bilhões de emendas nas próximas semanas.
Depois da rodada de ligações da tarde desta quinta-feira, Gleisi, enfim, conseguiu com que o governo mantivesse o direito de cancelar 30% das despesas discricionárias do Orçamento.
Corte seria de R$ 10 bilhões e consta da proposta de reforma do setor elétrico
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